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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Gente boa é um milagre!


Às vezes, a salvação vem em forma de gente.

Nem de milagre, nem de luzes do céu… mas de alguém que aparece na hora certa, com uma palavra acolhedora, despertando algo adormecido nessa memória que resistiu ao tempo.

Hoje recebi uma mensagem que me fez sorrir com o coração. Era da Camila Ribeiro, uma colega da faculdade de jornalismo — alguém que se tornou amiga e compartilhou comigo sonhos, correria, descobertas e agora, de lá do Centro-Oeste do Brasil, lembra com carinho:

"Você é maravilhoso, André. Sempre me lembro de você e de alguns colegas da época de faculdade com carinho. Saudades de todos."

Na hora, respondi: "Ôôô, amaaaaaaada… muuuuuuito obrigado! Você só enxerga em mim o que há dentro de ti. Simples assim."

E é isso. Quando alguém vê o melhor em nós, é porque já carrega essa luz também. Quando nos reconhece, é porque algo dentro se reconhece — somos espelhos uns dos outros.

A salvação, às vezes, não é algo grandioso. É uma notificação, um carinho antigo ressurgindo, um abraço que ainda vive em nós, mesmo depois de anos. É gente que cuida, que permanece, que acompanha à distância. 

Se tem alguém aí no seu universo que tocou seu coração com uma palavra, um gesto, um suporte silencioso, fale com essa pessoa. Diga o que há de bonito nela. Não economize afeto. Gente boa é milagre!

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Festival de Graffiti 'Riscos nas Ruas'


São Miguel Paulista é um bairro que pulsa cultura em cada esquina.

Aqui, a arte não descansa — ela dança, canta, rima e colore.

É na quebrada que nasce a maior Virada Cultural da Zona Leste.
É aqui que convivem todas as tribos — do reggae ao forró, do samba ao hip hop,
e, claro, ao grafite: a voz das ruas em tinta viva.

Neste fim de semana, São Miguel Paulista virou galeria a céu aberto com o evento "Kebrada em Cores", parte do projeto "Riscos nas Ruas" — uma parceria entre a Subprefeitura de São Miguel Paulista, a Casa do Grafite e o coletivo Sou Favela.


Dezenas de artistas do grafite se reuniram pra transformar um muro de mais de 500 metros de extensão — equivalente a cinco campos de futebol — numa verdadeira obra de arte urbana.

Vieram de todos os cantos. De Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e várias cidades do estado de São Paulo. E atravessaram fronteiras: Angola, Argentina, Chile e Colômbia também deixaram suas cores na quebrada.


O muro, que pertence ao departamento de áreas verdes da Subprefeitura, agora respira arte, identidade e resistência.
Cada traço carrega uma história. Cada cor ecoa um grito.
É o grafite dizendo: a periferia também pinta o mundo.

Parabéns a todos os artistas envolvidos nesse painel coletivo,
que vai além da beleza — ele é pertencimento, é memória, é afirmação.

Porque quando a arte ocupa o espaço,
a esperança ocupa o coração.
E quando a quebrada cria… o mundo para pra olhar.





segunda-feira, 14 de julho de 2025

Ajuda não tem classe social


Nesta segunda-feira, 14 de julho, pela janela de um restaurante, vi uma cena que vale mais do que mil discursos sobre empatia:

Uma mulher dirigindo uma SUV daquelas — Mercedes, reluzente, potente. Parada na rua, com a placa do carro solta. E ali, ao lado dela, um homem simples. Uniforme de operário, sandálias surradas, bicicleta encostada no meio-fio. 

Ele desceu, se aproximou, e com jeitinho, paciência e um sorriso no rosto, ajeitou a placa pra ela. Elegante, ela agradeceu com um aperto de mão. Ele acenou. E seguiu seu caminho de volta à bicicleta.
Sem selfie, sem like, sem holofote. Apenas a beleza crua de um gesto.

Moral da história: Não há pessoa pobre que não possa ajudar, assim como não há pessoa rica que não possa ser ajudada.

A verdadeira grandeza mora na humildade.
E a verdadeira pobreza… talvez more na ausência de compaixão.

Afinal, quem carrega o coração inteiro, sempre terá algo a oferecer.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Todo medo quer ser escutado


Todo medo quer ser escutado.

Andar com ele… é o começo do caminho.




Às vezes a gente se sente pequeno…
Mas a coragem começa aí:
quando seguimos mesmo sem certeza.




A coragem cresce no encontro.
Com o outro.
Com a vida.
Com a verdade do que somos.