São Miguel Paulista é um bairro que pulsa cultura em cada esquina.
Aqui, a arte não descansa — ela dança, canta, rima e colore.
É na quebrada que nasce a maior Virada Cultural da Zona Leste.
É aqui que convivem todas as tribos — do reggae ao forró, do samba ao hip hop,
e, claro, ao grafite: a voz das ruas em tinta viva.
Neste fim de semana, São Miguel Paulista virou galeria a céu aberto com o evento "Kebrada em Cores", parte do projeto "Riscos nas Ruas" — uma parceria entre a Subprefeitura de São Miguel Paulista, a Casa do Grafite e o coletivo Sou Favela.
Dezenas de artistas do grafite se reuniram pra transformar um muro de mais de 500 metros de extensão — equivalente a cinco campos de futebol — numa verdadeira obra de arte urbana.
Vieram de todos os cantos. De Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e várias cidades do estado de São Paulo. E atravessaram fronteiras: Angola, Argentina, Chile e Colômbia também deixaram suas cores na quebrada.
O muro, que pertence ao departamento de áreas verdes da Subprefeitura, agora respira arte, identidade e resistência.
Cada traço carrega uma história. Cada cor ecoa um grito.
É o grafite dizendo: a periferia também pinta o mundo.
Parabéns a todos os artistas envolvidos nesse painel coletivo,
que vai além da beleza — ele é pertencimento, é memória, é afirmação.
Porque quando a arte ocupa o espaço,
a esperança ocupa o coração.
E quando a quebrada cria… o mundo para pra olhar.
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