No início da tarde do dia 26 de setembro, passei por uma situação entristecedora no atendimento público de saúde. Diante da situação, não resisti e resolvi registrar o desabafo na minha página do Facebook. Além da comoção dos amigos, a repercussão da minha indignação foi expressiva e imediata, visualizada pela diretoria da autarquia do hospital onde fui mal atendido, Tide Setúbal, e na Ouvidoria do SUS, em Brasília.
Após meu relato, no dia seguinte, a administração do hospital prontamente agilizou meus exames de ultrassonografia e urina, seguidos de medicação, atendimento médico e diagnosticado como inflamação renal. Graças a Deus estou bem, por sinal, mas foi preciso tornar público todo o transtorno que passei. Por essa razão, faço questão de compartilhar:
Amados e amadas, registro o carinho e preocupação de todos vocês. Depois do susto, estou melhor.
Para entenderem o ocorrido, estava no meu trabalho (Capela de São Miguel) e lá tive uma forte (insuportável) dor na barriga e em todo lado direito da cintura (cólica ou receio de ser apendicite), me fazendo perder o fôlego.
Pedi socorro à minha irmã Adriana, que me levou ao Hospital Tide Setúbal (o mais próximo por causa da gravidade).
Ao chegar no hospital, uma curiosa situação: ficar em um apertado e aglomerado espaço e, ao mesmo tempo, decifrar em qual fila do guichê dar entrada no prontuário. Ou seja, na do AMA ou na do Pronto Socorro? (eis a questão).
Estava agonizando e os funcionários da triagem me trataram com uma indiferença, hostilidade, sem condescendência (não estou exagerando). Diante da rispidez, cheguei a ter forças para pedir aos funcionários da triagem mais humanidade no atendimento.
Estava agonizando e os funcionários da triagem me trataram com uma indiferença, hostilidade, sem condescendência (não estou exagerando). Diante da rispidez, cheguei a ter forças para pedir aos funcionários da triagem mais humanidade no atendimento.
Depois de muita insistência dos próprios pacientes, comovidos pela minha situação (eu ouvia nitidamente as vozes e frases de indignação), consegui ser transportado na cadeira de rodas, priorizado no atendimento médico e, em seguida, medicado.
Vale destacar que o jovem médico que me atendeu ouviu meu desabafo e expressou concordância diante das minhas observações a respeito do que constatei sobre o sistema de saúde (até porque ninguém busca atendimento hospitalar como passeio).
Vale destacar que o jovem médico que me atendeu ouviu meu desabafo e expressou concordância diante das minhas observações a respeito do que constatei sobre o sistema de saúde (até porque ninguém busca atendimento hospitalar como passeio).
Para falar a verdade, o que mais me impressionou foi a humanidade dos próprios pacientes impacientes que, ao me observarem pálido, com meus gemidos e tremores no corpo, esbravejaram por mim, enquanto eu aguardava prioridade no socorro.
Por mais que eu seja jornalista e bem relacionado, acima de tudo, sou um cidadão que sentiu na pele o que é depender de uma emergência naquela unidade da rede pública de saúde.
Resta-me agradecer, acima de tudo, a Deus pelo dom da vida, minha irmãAdriana Lóssio pelo socorro e a todos pela preocupação demonstrada aqui. Espero que sirva para alguma coisa este meu relato.
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